Terrorismo Canino

Muita gente sabe, outras não, mas tenho quatro cadelas de pequeno porte, duas virinhas e duas de raça. Ganhei três delas e a quarta adotei quando a vi ser arrancada do peito da mãe e jogada na rua. Hoje, suas idades variam entre 5 anos e 1 ano e meio, Mas peguei todas bebês: A Lelly com 2 meses, Bella com 35 dias, Tayga (a adotada) com menos de um mês e Miko (foto), com 2 meses também.

Até a Tayga, achei que estava acostumada com as bagunças feitas por filhotes, como roer móveis, sapatos e afins e brincar, brincar, brincar até cansar... a gente!
Achava a Tayga arteira e com o tempo descobri que não... ela era, e ainda é, brincalhona e estabanada, sem nenhuma noção do tamanho do rabo que tem, acabando por fazer artes totalmente sem querer e ficando realmente arrependida de fazê-las, se enfiando debaixo da cama quando percebe que fez.
Mas a Miko, Lhasa Apso com pedegree, com essa linda carinha de cachorro de pelúcia, focinho arrebitado, que faz festinha a tudo e a todos não se arrepende de nada. Com 1 ano e meio, já deixou de ser filhote. Continua destruindo tudo, inclusive a mim, tendo me feito quebrar o pé!
Terrorista Canino em último grau, a Branquela, enquanto filhote fez um pouco mais de artes que as outras, destruindo 8 pares de chinelo e roendo um sem número de móveis. Agora adulta, a primeira coisa que fez foi criar um segundo andar nos sofás de casa, arrancando uma parte do forro deles, para se esconder das outras DENTRO do sofá, o que ela faz depois de ter mordido o rabo da Lelly, as orelhas da Bella e as patas da Tayga, umas 200 vezes. Aí elas acabam reagindo e, pelo menos uma vez por dia, elas correm atrás da lhasinha e se vingam. Ou ela se esconde dentro do sofá ou ela pula no meu colo pedindo proteção, o que não dou...kkk!
Ela é louca por rua e fui obrigada a tampar meu portão, pois ela, uma super atleta conseguia pular acima da tela de 1,30 m. Detalhe... ela tem 28 cm de altura.
Ela é muito independente. Enquanto as outras me seguem e ficam quase sempre comigo, ela vem para o escritório só quando quer dormir, ou quer um carinho ou colo. Infelizmente, tenho que ficar atenta, pois quando ela está quieta e sem latir no portão (o que ela faz muito) é quando ela sobe na mesa da cozinha, puxa a toalha da mesma, abre a geladeira (pasmem, mas isso ela aprendeu com a Bella, a mais quieta da casa), tenta comer meus livros, em cima da estante, fuça todas as lixeiras da casa, caça passarinhos e os trás pra eu ver (eca!), pica qualquer papel que acha, derruba os copos que estão EM CIMA da pia, etc.
Ela conseguiu, como falei antes, fazer com que eu quebrasse meu pé, colocando seu pote de comida no pé dos degraus de entrada da casa em questão de segundos. Aí, quando percebeu que não podia correr atrás dela com a bota, ela não teve dúvidas, começou a fazer xixi dentro de casa e bem debaixo do meu nariz, olhava prá mim, abanava o rabinho branco e saia correndo prá debaixo da cama, ou prá dentro do sofá. Passava 2 minutos, quando ela via que já tinha limpado, a cara de pau vinha correndo, latia prá mim como se me desafiasse e corria para seu esconderijo novamente. Por que será que quando tirei a bota ela não fez mais xixi dentro de casa?
Raros são os dias sem arte(s) da Miko. Também são raros os dias que não dou risada das palhaçadas dela. Sim, se ela tem esse lado preocupante (que, segundo um amigo meu, vem de um conflito de identidade por não saber se é mico ou cão), ela tem seu lado palhacinha mesmo. Daquelas que late para o espelho sem motivo nenhum, daquelas que pula no meu colo só prá provocar as outras, daquelas que late pra mim só prá eu olhar prá ela, enfim ela é a que faltava prá completar o conjunto Meiguice (Lelly), Companheirismo (Bella), Carinho (Tayga) e Alegria (Miko).

Beijos meus e lambeijos das minhas cadelas prá vocês!