quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Não leia esse sem ter lido Palavras Jogadas ao vento

Nem sei se tenho leitores para isso, mas a vontade de desabafar é tanta que estou ocupando o meu próprio espaço para escrever demais hoje. Pior... nem tenho o que desabafar! kkkk!


Depois que fiquei sem meu piano, minha válvula de escape foi ficar escrevendo. Escrevendo frases, poesias, crônicas, contos e até receitas de cozinha... diga-se de passagem, cozinhar é a única coisa que faço bem dentro de casa, quando alguém vem comer por aqui. Cozinhar só prá mim não tem graça nenhuma!
Tenho cadernos e mais cadernos escritos, rabiscados, desenhados, sem falar de uma pasta no meu pc só de crônicas, que, aos poucos, vou colocar aqui!
Acho que o silêncio que reina por aqui, quando as cadelas não estão brincando ou o vizinho ouvindo música e conversando, tornam meu ambiente propício a pensar, pesquisar, achar algo curioso o suficiente pra brincar com as palavras, mas sem jogá-las ao vento.
Acho, também, que este fato me torna sonhadora demais. Viajo sem usar nenhuma droga. Imagino situações que acabam se tornando uma novela melhor que qualquer uma que a Globo jamais pensou em fazer, uma vez que ninguém tem defeito grave e os valores são sempre acentuados e engrandecidos.
Romanceio meus devaneios a ponto de chorar numa cena imaginada triste ou rir numa outra imaginada cômica.
Normalmente crio isso a noite, pois o dia traz com ele as responsabilidades de estar com os pés firmes no chão.
Todas as pessoas que estão na minha vida fazem parte desta "novela"... isso torna a frustração comum, pois nelas, as novelas imaginadas, meus personagens não tem defeitos e nunca agem e desacordo comigo... afinal, apesar de elas serem reais durante o dia, à noite, na minha solidão, elas seguem o meu script. Nessas novelas, falo tudo o que penso e as pessoas sempre me escutam... não preciso "pisar em ovos" com medo de magoar ou ofender alguém. Posso ser direta, como nunca sou no mundo real. Posso ser honesta comigo mesma e dizer àquele ou aquela personagem o que senti num determinado momento ou numa determinada situação, sem medo de perder a amizade por isso.
Nem na minha terapia sou tão real e ao mesmo tempo tão absurdamente eu.
Sim... eu escrevo como válvula de escape, mas eu sou eu nas minhas novelas imaginárias. Escrevo, muitas vezes aquilo que pensei a noite, mas de forma indireta, sem dar nome aos bois, de forma mais delicada e tão branda, que as pessoas para quem eu disse coisas nas entrelinhas, muitas vezes nem pensam que foi para elas que falei.
"O Importante é amar, não é ter Razão" - lema adotado por minha mãe, e que, de certa forma acabou sendo adotado por quase todos nós em casa.
Por esse motivo acabo dando meu recado sem dar, acabo tendo razão só na minha cabeça. Não sou a dona da verdade e nunca quis ser, pois acho que Deus o é e Ele é perfeito... eu não!


Beijosda Joaninha Maluca!



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