Aqui no meu bairro, como em qualquer bairro, de qualquer cidade, de qualquer país do mundo, existem pessoas boas e pessoas más... pessoas interessantes e pessoas interesseiras... pessoas que se calam e pessoas fofoqueiras... pessoas que vivem e pessoas que inventam intrigas por conta da falta de vida a que se submeteram.
Já falei muitas vezes do bar que costumo ir bem em frente a minha casa. Ali é um ambiente familiar e o dono do local, o Giuliano, mais conhecido como Baú ou como Japonês, teve trabalho, mas limpou uma corja de bêbados e nóias que infestavam seu comércio. Com essa atitude, ele ganhou o respeito de todos e uma clientela mais selecionada que varia entre as idades de 7 até 70 anos.
Infelizmente um desses "Nóias Bêbados", o Porquinho, que não tem o que fazer da vida a não ser beber e se drogar, não gostou da atitude radical que meu amigo tomou, em especial com ele, pois além do que já citei, ele ficava na frente do bar cantando todas as mulheres que passavam por ali. Por conta disso, o Giuliano o chamou em particular e disse que ele não era mais bem vindo lá e que se ele voltasse ao estabelecimento a polícia seria acionada.
Ele não voltou, mas optou por criar intrigas. Passou a prestar atenção de longe sobre quem eram os novos fregueses do bar e se aproximou de alguns desses clientes dizendo para tomarem cuidado, pois ali era ponto de tráfico de drogas, que o dono do bar era traficante, que o bar era frequentado por pessoas da pior espécie, mulheres vagabundas e, pior, disse que as sobrinhas do Baú eram "garotas de programa" e que realmente nenhuma mulher que frequentava o bar prestava... isso me incluia e a 2 meninas de 10 anos, que sempre vão lá comer um salgado e tomar refrigerante, por consequência.
Ninguém me contou essa história... eu ouvi os comentários e curiosa como sou, fui atras saber do que falavam. Aliás, fui uma das últimas a saber de tudo e quando soube, soube junto que todos os frequentadores do bar, suas famílias e muitos moradores do bairro queriam a cabeça do Porquinho.
Hoje o calor era tanto que estava na frente de casa com a Miko na coleira, prá ela se movimentar um pouco (preparação para um bom parto) quando vi três rapazes atacarem o Porquinho. Primeiro um deu uma voadora que o derrubou. Assim que ele caiu a blusa dele levantou e nas costas dele tinha uma peixeira gigante que ele estava levando prá atacar um outro morador do bairro (segundo fiquei sabendo depois). O Segundo rapaz pegou a faca e começou a bater nele com o cabo da faca e gritava: "Era isso que você ia usar hoje?" O terceiro rapaz não o deixava levantar... até que chegou um senhor e tirou todos de lá.
Imediatamente o safado se levantou e foi na casa daquele a quem ele queria atacar e começou a gritar com o sujeito e ameaçá-lo de morte!
Nisso a polícia chegou e tentou esclarecer tudo, mas todos estavam tão exaltados que eu acabei me metendo, por conta do que o meliante falou de mim, e contei o que houve. O rapaz que foi ameaçado por ele decidiu dar parte (um engenheiro que o infeliz decidiu que ia culpar pela intriga toda). Meu amigo dono do Bar também decidiu dar parte por perjúrio e eu fui na leva como testemunha da briga.
Na delegacia descobrimos que esse sujeitinho está com vários processos nas costas por assédio sexual, ameaças e roubo (de coisas pequenas, mas roubos). Não sei como ele ainda está solto.
Ainda bem que sou apenas testemunha da briga e não do por quê dela. Principalmente, ainda bem que vou me mudar logo... hehehe!
Que me desculpem os palmeirenses, mas espírito de Porco é dose, viu?
Beijos cansados!
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