Não vou colocar o sentido das palavras segundo o dicionário como costumo fazer. Ao contrário.
Vou expor uma situação... ou melhor, vou reexpor uma situação, vivida há dois dias atrás, e colocar uma outra que aconteceu na última vez em que fui à São Paulo, para explicar o sentido destas palavras e destes sentimentos, que são muito diferentes.
Lembram de quando contei que não sirvo para detetive?
Naquele caso específico eu estava atendendo o pedido de uma amiga em pânico e que precisava da minha ajuda. Por esse motivo, e só por isso, procurei por aquele amigo em comum.
No caso, eu não estava apavorada como quase nunca fico.
Muito cedo aprendi com meus pais que apavorar-se com uma situação nunca nos deixa clareza para pensar e quando algo já está resolvido ou decidido, não adianta entrar em parafuso, pois a situação ficará pior!
Eu estava preocupada sim! Ainda estou, pois sei que esta situação não está resolvida.(Aliás, está longe de ser resolvida e ela, minha amiga, precisa de todas as minhas orações no momento!)
Costumo me preocupar com as pessoas que gosto e me preocupo com situações que podem perturbar a todos.
Mas a preocupação só acontece quando algo NÂO está resolvido.
Tenho um amigo que sofreu um acidente e está com as duas pernas fraturadas. Estou preocupada com ele? Claro... mas ao mesmo tempo, sei que ele está medicado, que tem pessoas que o amam cuidando dele, etc., ou seja, o caso está semi resolvido e esta preocupação com ele gira em torno de sua recuperação.
Então minha prioridade de preocupação vai prá outras pessoas.
Outro caso:
Quando fui prá São Paulo a última vez para cuidar da minha mãe, pessoa com que sempre me preocupo, depois de uma semana por lá a moça que faz faxina em casa ligou apavorada prá casa da minha mãe, "por que a vizinha da frente estava reclamando do latido dos cachorros, e acho que ela pode fazer alguma coisa com eles... é melhor você voltar, e blá blá blá"
Tudo isso ela me falou exasperada, quase gritando no telefone.
Falei prá ela se acalmar que eu ia conversar com o rapaz que estava tomando conta da casa.
Quando conversei com ele, percebi que não tinha motivo prá todo esse drama e "apavoramento", como diz o pessoal daqui.
Uma noite os cachorros tinham latido por conta de um casal de gatos que estava em cima do telhado de casa.
A vizinha da frente, dona de uma simpatia descomunal (hehehe), adora fazer intriga e foi falar com a minha faxineira, só prá provocar pânico mesmo, pois segundo o rapaz (e outros vizinhos confirmaram) até o cachorro dela estava latindo naquela noite!
Bom... qual o resultado disso?
Acabei voltando no dia que tinha que voltar e boa... e ainda disse prá faxineira que se a mulher reclamasse de novo, passasse meu telefone prá ela. O que ela fez e a mulher nem ligou em casa! Prá vocês verem como era sério!
Enfim, eu só fico apavorada quando a situação me diz respeito... se a situação for comigo. E mesmo assim tento me acalmar logo para poder pensar com clareza sobre ela.
Muitas vezes até me zango quando tentam me apavorar ou me tratam como criança, achando que vou me apavorar com isso ou aquilo.
Não vou me apavorar...
Posso ficar triste como no caso do acidente do meu amigo e preocupada com sua recuperação e a do outro rapaz que estava com ele.
Posso ficar muito preocupada, como no caso da minha amiga.
E posso ir procurar os motivos, como no caso da minha faxineira.
Mas raramente me apavorar!
Beijos a todos e melhoras, amigo querido!
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