Ah, mas não sirvo mesmo!
Uma amiga me pediu para entrar em contato com um outro amigo e era um caso muito urgente... aí respondi que não sabia como faria isso, pois só sabia o nome dele e a cidade onde mora. Ela me respondeu que ele morava perto de uma praça chamada Praça dos três Poderes e de um restaurante que servia comida italiana.
Toca a Super Cathy procurar uma pessoa numa cidade de 30 mil habitantes, mas que mora perto de uma praça e de um restaurante italiano.
Primeiro passo... chamar o tio Google.
Segundo passo... puxar tudo a respeito da cidade. Aí comecei a ligar para tudo quanto é restaurante de lá e nenhum atendeu. Detalhe: consegui esses resultados as 21 horas de uma terça feira.
Bom... liguei para um hotel de lá e perguntei se tinha essa praça lá. Educadamente, como devem ser sempre os telefonistas/recepcionistas de hotel, o rapaz me respondeu que não havia praça com tal nome. Mas, vejam bem, existe uma praça com o nome de Três IRMÃOS e não três poderes. Aí perguntei sobre o restaurante... coitado do rapaz... se embananou todo e não soube me responder. Agradeci e desliguei o telefone. (E viva meu plano de minutos da Embratel!)
Continuei procurando até ver que já eram 2 horas da manhã e eu calculo que num dia de semana numa cidade de 30 mil habitantes deve ser como aqui em Itapê (que tem 150 mil) e tudo deva estar fechado e que se eu ligasse para alguém naquele horário esse alguém me daria um tiro pelo telefone.
Dormir preocupada com a minha amiga não foi nada fácil... tanto que não dormi! Oito horas da manhã já estava pesquisando tudo de novo... aí sim meu plano da Embratel finalmente foi usado. Liguei para vários comércios e pessoas. Aí tive a brilhante ideia de ligar prá prefeitura... isso quase ao meio dia. O que tive de respostas rudes a manhã inteira, foi compensada pela compreensão da secretária do Prefeito (muito obrigada, sra. Secretária).
Depois de ouvir a história (que eu já dissera bem umas 50 vezes de manhã) ela me fez repetir o nome do rapaz duas vezes (eu ainda estou tendo que usar o viva voz do telefone, por conta da alergia na orelha) e me disse que havia muitas pessoas com esse sobrenome na cidade, muitas mesmo, mas que eu poderia tentar falar com uma pessoa que tinha esse sobrenome e que trabalhava na Câmara Municipal de lá e me passou o nome do Senhor e o telefone. Imediatamente eu liguei, mas ele já tinha saído para o almoço.
Decidi, então ligar para a rádio local e pedir para deixar um recado e me arrependi de ser jornalista, pois estou vendo que hoje as pessoas que trabalham em rádio, tanto naquela cidade como aqui, estão pouco se lixando para o objetivo principal deste meio de comunicação que é o Serviço ao Público. O Rapaz de nome Ricardo me atendeu e disse que esse tipo de coisa (um recado simples do tipo "Fulano, a Joaninha, de São Paulo, pediu que você entrasse no Orkut o mais depressa possível, pois uma emergência aconteceu") não poderia ser passado em nenhum programa local. Se eu pagasse provavelmente colocariam isso no ar uma 800 vezes em duas horas.
Quando eram duas e dez, voltei a ligar para a Câmara Municipal e aquele senhor me atendeu. O Cara era um tremendo petulante e disse que não tinha nenhuma pessoa com o nome do meu amigo naquela cidade pois ele conhecia a todos os que tinham aquele sobrenome na cidade e, também, quase todos os habitantes. Aquilo me irritou tanto que respondi que a arrogância da maioria dos políticos do Brasil é que tornam esse país uma porcaria e que eu duvidava que ele realmente conhecia todos os que tinham o mesmo sobrenome que ele na cidade, pois, pelo que eu ficara sabendo, haviam mais de 2000 pessoas com aquele sobrenome (exagerei, pois não sabia números, mas sabia que eram muitos, segundo a secretária do prefeito) e duvidava ainda mais que ele conhecesse quase toda a população local ... e desliguei o telefone na cara dele.
Não sei se foi a minha raiva, ou o que, mas acho que atraí temporal prá cá, pois assim que desliguei o telefone, comecei a ouvir trovões lá fora. Então deixei depoimentos para meu amigo e desisti, torcendo para que ele os lesse o mais rápido possível.
A Nanda, minha amiga, ouvindo minha narrativa, riu e perguntou: "Porque você não disse que era do FBI?"
E, colocando uma peruca ruiva na cabeça e meus óculos Rayban, olhei para o horizonte e pensei!
Deveria ter dito... deveria ter dito mesmo!
Beijos CSI Miami prá vocês!
Que loucura eim Cathy adoreii, estou pensando seriamente em contratar seus serviços kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkk... se tivesse seguido meu conselho teria resolvido tudo apenas com uma ligação... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
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