A Louca Dança dos Ventos

Para cada tempo de ternura, vem um tempo de vazio.
Para cada Loucura, tem o tempo de sobriedade.
Para cada Lua cheia, tem uma Lua nova.
E para cada dia de sol, uma noite cheia de esperanças.


Te encontro em cada um desses momentos e vejo que a vida continua;
Continua com tudo o que tem direito:
Com meus anseios, minhas esperanças, meus problemas e minha solidão.
E, a cada dia que passa, mais perto e mais distante você está, 
Como se isso fosse possível ... e é... dentro de meus sonhos e dos meus devaneios.
Mas nos meus pesadelos, raros, mas evidentes, te perco.
Te perco para o mundo;
Te perco para a louca dança dos ventos que te levam para um lugar que desconheço!


Então acordo, felizmente.
Te procuro ao meu lado e certamente não te encontro.
Lembro da  louca dança dos ventos e volto a te procurar onde sei que posso te encontrar.
E você surge, belo, com seu terno olhar e sua voz rouca e grave.
Algumas vezes chego a escutar um canto, vindo do teu coração para o meu.
Aí, meu sorriso se torna largo e canto de volta com meu coração para o teu.


Com você meu sorriso sempre é real, mesmo quando estou triste!
É um sorriso espontâneo, leve como imagino ser o teu.
As vezes até rio... quando lembro de palavras marotas escritas com carinho!
Sorrio quando você me chama de princesa, ou de minha saudade, ou simplesmente de joaninha!
Mas meu sorriso some quando te sinto preocupado ou triste.
Some também quando falamos de tuas lutas ou das minhas.
Mas, por incrível que pareça, ele não some quando temos que nos separar, 
Pois seu coração continua a bater junto ao meu por muitas horas.


Te vejo mesmo nos dias que não te encontro e isso me dá alento,
Pois a louca dança dos ventos que te tira de mim nos meus pesadelos, 
Te traz de volta nas tuas ausências, como se dissessem sussurrando
Que a realidade é mais bela do que parece!
Você a faz assim... mesmo sem saber!


E como era de se esperar, a louca dança dos ventos me confunde.
Nem sei mais o que sinto por você.
Te amo... sou tua amiga... sou tua amiga... te amo.


Um dia a dança pára... e o que seremos nós?