segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Joaninha de Itapetininga


Muitas vezes me perguntaram por que não quero voltar prá São Paulo, onde teria mais chances de encontrar emprego, etc.
Alem de ter saído de lá já desempregada, existem coisas aqui bem diferentes da vida urbana que tinha em São Paulo, ou mesmo em São José.


Sempre que posso gosto de passear por lugares diferentes desta cidade que tão bem me acolheu há 13 anos. Vi lugares lindos que nem o pessoal daqui conhece. Mas um dos lugares em que mais gosto de ir é na beira deste grameiro da foto. Grameiros são plantações de grama, viu?
Itapetininga é o maior plantador e exportador de GRAMA das Américas do Sul e Central (pelo menos em alguma coisa tinha que ser grande) e é sabido por grandes paisagistas de grandes cidades que é grama boa.  
A cada estação do ano a grama tem uma coloração diferente e, ao contrário de todo o resto do clima deste país, ela tem realmente quatro cores. Na Primavera ela tem essa cor que aparece na foto... um verde claro, novo. No Verão, é um verde-bandeira, forte e viçoso. No outono o verde é esmeralda, um pouco mais escuro que vai, conforme o outono segue, adquirindo um tom de terra misturando com o verde e quando o Inverno chega o verde continua como se fosse um verde sujo, que precisasse ser lavado diariamente. 
Uma situação muito interessante pois temos mais pó por aqui justamente na primavera, quando o verde é limpinho.
Outro lugar que amo ir, apesar de ser um pouco mais longe da cidade (o grameiro também é longe...kkk) é um pesqueiro. Fundado por um descendente de japonêses (que por sinal é o maior plantador de grama da cidade) ele fez questão de ter cerejeiras pelo parque inteiro. Na foto as cerejeiras não estão em flor, pois, infelizmente, a floração delas dura apenas de 7 a 10 dias e no inverno... esta foto foi tirada no começo da primavera.
Uma vez fui a uma fazenda na estrada que liga Itapê à São Miguel Arcanjo e foi a primeira vez que pude comer um pimentão tirado diretamente do pé. Além de ter sido delicioso o local ajudava pela beleza. Outra vez, cruzamos o rio numa ponte de madeira e achamos uma casa de 300 anos, bem do começo da cidade, que é um dos poucos patrimônios históricos da cidade que não foi destruído ou pelo tempo, ou pelos homens. Ao contrário. O proprietário do local está restaurando a bela construção de 1710.
Sempre acho locais bonitos que não ficam a mais de 15 ou 20 minutos do centro da cidade de carro ou de moto. Por ser um município maior que o município de São Paulo em área territorial, ainda não cobri nem 1/8 do que ele tem, e já passeei muito neste tempo.
Tem suas consequências... rinites, terçóis, resultados do pó e do pólen e ainda tenho que ir com minha injeção para caso seja picada por vespas ou abelhas, mas nada tira o prazer de ver a beleza que Deus colocou no meu caminho, quando me trouxe para cá.
Mesmo na estrada com curvas que tenho a minha frente, Deus tem me feito feliz simplesmente por me mostrar o quanto suas obras são belas e quanto posso glorificá-Lo por poder vê-las.


Beijos com cheiro de terra molhada.


PS: As fotos postadas são todas minhas e foram tiradas em Itapetininga.

4 comentários:

  1. eu amei as fotos

    acho que vou passear ai hehehe

    ResponderExcluir
  2. legal..muito bom esse texo Cathy ...

    ResponderExcluir
  3. Pode vir, Welker... será muito bem vindo!

    ResponderExcluir
  4. Também amei as fotos, até iria a passeio, mas para morar... Gosto mesmo é da agitação da cidade de sampa.

    ResponderExcluir