Por volta das 8 da noite (lembrem-se que que só tinha 2 maçãs e duas batatas cozidas no estômago por 4 dias), já menos nervosa e melhor medicada, comecei a me sentir bem, mas com uma fome descomunal. Não sentia mais medo de dores provocadas por gases.
Foi a hora em que fui transferida para a UTI, o lugar mais humano que existe num hospital, pelo menos pelo meu ponto de vista. De cara, dois técnicos de enfermagem maravilhosos me transferiram da cama onde estava para a que iria ficar com um carinho e uma atenção, me fazendo me sentir especial: O Cris e o Ulisses. Logo em seguida fui apresentada à terceira técnica, a Flávia e ao enfermeiro chefe, o Rodrigo.
Todos me deram chances de fazer perguntas e todos me perguntaram muito, me dando chance de fazer com que eu me sentisse parte da família. Haviam outros pacientes, menos conscientes ou instruídos (termos técnicos utilizados na passagem de plantão, logo absorvidos por mim).
Quando se fala em UTI, parece que se conta o caminho infeliz de alguém que está partindo e não de alguém, como eu que está tendo uma nova chance de vida pela atenção dada pelo médico e sua equipe, tanto no apoio ao paciente, como na observação direta dos sinais vitais desta ou daquela pessoa, pronto para entrar em ação a qualquer minuto do dia ou da noite.
A Vida que nos é dada por esta equipe (e quando falo dela refiro-me às 4 equipes que conheci)
é a mais desinteressada possível, pois o paciente vem realmente em primeiríssimo lugar. Conhecê-lo interagir com ele (tipo passar a manteiga no pão dele, né Flávia), ou fabricar lacinhos de cabelo, né Cirene? Ou pentear o cabelo com a escova mínima da Unimed, né Carmem? ou contar piada de loira e portugues, né Kelly, ou zoar com os outro chamando-os de piolhos de pombas né Geovani?
Já os médicos são serios (as vezes não são),mas estão sempre atentos à necessidades dos que estão em volta... seja equipe, seja paciente, seja familiar.
Me senti respeitada pelos doutores Rodolfo, Dr. Santiago ( ou Mivleh Teló), Dr Leonardo, Dr Victor, de Sorocaba, por ter me ouvido e não permitido que se fizesse o cateterismo sem preparação adequada a quem tm alergia a Iodo, Ao Dr. Tambélli, ao Dr. Tamita, pelo papo legal sobre viagens, e à Dra. Maria Tereza, que sentiu as minhas necessidades, me permitindo ir aguardar o exame no apartamento, me dando maior liberdade para meus escritos, bem como pra minhas ligações!
Agradeço a cada um dos membros das equipes presentes na UNIDADE de Tratamento intensivo. na figura de seus enfermeiro chefes ( Rodrigo, Gabriella, Fernanda Rosa, Kelly e Luana) e de seus competentes técnicos de enfermagens (Cris, Ulisses, Flávia, Nilza, Guto, Giovani e Carmem, Priscila e Cirene e Ana Paula.
Se tenho sentido que tudo vai dar completamente certo, com certeza é graças a vocês todos, queridos ANJOS DE DEUS, colocados em meu caminho, simplesmente por amar demais.
Tambem passei a amar vocês, viu?
Beijões.... amanhã se conseguir, conto os dois dias no quarto e o exame de cateterismo!