sábado, 8 de setembro de 2012

O conto do Infarto - Parte 1

"2 coisinhas antes de começar a escrever este texto: A Palavra é Infarto mesmo, segundo o Tio Google... 
A segunda é que as pessoas podem achar essa história de mau gosto, mas é real e está acontecendo comigo. Comentem se quiserem, mas não critiquem o meu modo de pensar... eu sobrevivi, por enquanto e quero me manter com o pesamento positivo até tudo isso acabar e eu receber alta do hospital! E depois disso também!"

Sexta feira passada, dia 31 de agosto, estava conversando com minha amiga Ana Curty pelo telefone, quando comecei a me sentir muito estranha. Sinceramente não tenho nem ideia do que houve, mas parecia que um caminhão estava passando por cima de mim. Tive vontade de gritar, mas pedi licença a ela, desliguei o celular e fui deitar.

Meus braços doíam muito e não conseguia respirar, além de peito, costas e estômago estarem como se eu estivesse sendo realmente acorrentada dentro de uma caixa de fósforo de tão esmagada que me sentia.

Depois de umas 3 horas, com muito custo, consegui me levantar e tomei um banho, que aliviou um bocado aquela sensação ruim, e voltei a deitar.

Sábado de manhã, a sensação voltou um pouco pior, pois arrotava e soltava puns homéricos, continuava sem respiração normal e peito costas e braços doíam como nunca. Fiquei 99 % do dia deitada, ou sentada no vaso, aguardando uma melhora que não acontecia e, por não ter conseguido achar ninguém que pudesse me levar ao Pronto atendimento da Unimed (na realidade por não ter forças de segurar o celular), passei o domingo assim, também!

Na segunda feira, achei forças não sei onde e fui ao PA mas , contrariando tudo o que estou passando agora, tive o azar de pegar um péssimo médico no plantão e acabei indo embora sem ser nem ao menos atendida, mas sendo bem recebida na ouvidoria do plano de saúde, que prontamente marcou um horário com um clínico muito bom e marcou um horário, também, com meu médico Gastro, o Dr. Murilo!

No primeiro médico, que se baseou no que estava relatando (1%, que eram os gases), me medicou com remédios para estômago e intestino. Mas nada adiantou. Esses gases passaram, mas não me alimentava mais por medo que os gases provocassem mais dor.

Em 4 dias comi duas maçãs e duas batatas cozidas.

Mesmo com a diminuição dos gases, que de fato aconteceram, continuava com dores e nem os banhos aliviavam mais. Como meu horário com o Dr Murilo era só as 16 h da quarta feira, decidi aguardar e passei uma terça terrível e uma manhã de quarta feira ainda pior, pois, pela primeira vez nestes dias, tive febre.

Assustei com o fato e decidi não aguardar o Dr Murilo e fui, as 13 h de volta ao hospital do convênio.

Bendita hora que a Dra. Marcelle me atendeu (por sinal, descobri depois que ela é irmã do Dr. Murilo). Ela é uma médica novinha (chuto que tenha no máximo 27 anos) e, ao contrário do médico anterior que me consultou, ela não se baseou no que eu contei e sim foi fazendo perguntas, pois de cara disse a ela que realmente não sabia o que eu tinha.

Me mandou fazer 4 coisas: um hemograma completo, um RX do Tórax, 2 inalações e um eletrocardiograma. Depois de receber o resultado disso tudo, ela ainda me mandou fazer mais um exame de sangue, das enzimas do coração. Antes de mandar fazer este último exame, ela foi muito sincera, como uma boa profissional que é, e me disse: "Dona Catherine, sua chapa e o hemograma mostram que a sra está com pneumonia. Se for só isso, eu a mandarei de volta para casa a a sra. fará o tratamento por lá. Mas confesso que estou preocupada, pois seu Eletro também deu uma pequena alteração. Então vou fazer mais um exame de sangue só para ter certeza."

Trinta e cinco minutos depois ela voltou e me disse com o olhar MUITO preocupado: "Dona Catherine... a senhora teve um infarto" Ao que eu respondi: Glória a Deus por estar viva!... aí ela sorriu e disse que meu coração era tão forte quanto minha fé (o infarto ocorrera num daqueles 5 dias, mas ninguém sabia qual... nem eu)...e começou a me explicar os procedimentos ao qual passaria, dos quais o primeiro seria minha internação na UTI.

Mas conto um pouco mais amanhã ou quando puder...

Beijos!

5 comentários:

  1. Meu Deus Cathy, que horror, menina, fico pensando em vc ai sozinha afff, que desespero...

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  2. Menina, que história incrível! Graças a Deus que você está viva para contá-la. Infarto e ainda por cima pneumonia?

    Por falar em infarto, é história de mau gosto e não de "mal" gosto, porque se fosse o oposto seria de bom gosto e não bem gosto. (kkkk brincadeirinha, só para aliviar um pouco a tensão, estou arrepiada só de ler sua história).

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    1. Já arrumei aquela palavrinha lá de cima....nada que um diasepan faça prá uma professora de português, né?

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  3. Cathy!Se cuida, menina! Você tem muita lenha pra queimar ainda! Bjus e fique com Deus, vou rezar pela sua recuperação!

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  4. No Domingo, dia 09/09 fui até o hospital visitar a nossa amiga Catherine, acredito eu que eu fui a última pessoa à visita-lá, pois fiquei até as 20:00 hrs, conversamos bastante, demos muitas risadas e fiquei feliz em ver a energia positiva que ela transmitia embora todas as dificuldades
    Hoje sinto uma enorme tristeza no meu coração, e ao mesmo tempo me sinto super feliz pois tive a oportunidade de ter convivido com uma super amiga como todas as pessoas que também faziam parte da sua vida
    Aproveito para neste momento difícil compartilhar com todos amigos e familiares da nossa eterna Caty, a dor e o sentimento de perda, porém nunca esqueceremos da pessoa magnifica e suas lições de vida nas quais ela sempre dividia com todos.
    QUE DEUS ACOLHA VOCÊ CATY EM SEU SANTO ALTAR , LHE DE O DESCANSO ETERNO E CONFORTE OS CORAÇÕES DE SEUS AMIGOS E FAMILIARES.

    SEU AMIGO ERICKSON BOLLA

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